Fechamos a segunda semana da série de entrevistas "Mulheres Prateadas" com chave de ouro: a cineasta Anna Muylaert nos presenteu com uma rápida entrevista.
Quando convidamos Anna para ser entrevistada, esperavamos receber um grande "Não, obrigada, estou muito ocupada agora". Porém, a surpreendente generosidade da bela mulher nos contemplou com um sortudo "sim, grata, manda o questionário agora". A resposta veio com uma rapidez ainda mais incrível, duas horas após receber o convite!
Anna concedeu esta entrevista no meio do turbilhão de outras entrevistas e viagens para apresentar seu premiado filme "A que horas ela volta?" (Sundance Festival, Berlinale Festival).
Anna, 51, é casada e mãe de dois filhos, José, 20, e Joaquim, 15. Ela é formada em cinema pela USP, e tem uma longa estrada como roteirista em TV (Mundo da Lua, Castelo Rá-tim-bum, Disney Club, Um menino muito maluquinho, Alice) e cinema (Filhos do Carnaval, O ano em que meus pais sairam de férias, Quanto dura o Amor?), e diretora (Rock Paulista, A origem dos bebês segundo Kiki Cavalcanti, e os premiados longas Durval Discos, É proibido Fumar).
Anna desafia os padrões impostos na sociedade, com humor, inteligência e sensibilidade em sua arte que toca a tantas nós. Assim dedicamos, no mês de seu aniversário, esta pequena e proveitosa entrevista sobre sua relação de empoderamento com sua juba castanha e seus fios prateados.
Quando convidamos Anna para ser entrevistada, esperavamos receber um grande "Não, obrigada, estou muito ocupada agora". Porém, a surpreendente generosidade da bela mulher nos contemplou com um sortudo "sim, grata, manda o questionário agora". A resposta veio com uma rapidez ainda mais incrível, duas horas após receber o convite!
Anna concedeu esta entrevista no meio do turbilhão de outras entrevistas e viagens para apresentar seu premiado filme "A que horas ela volta?" (Sundance Festival, Berlinale Festival).
Anna, 51, é casada e mãe de dois filhos, José, 20, e Joaquim, 15. Ela é formada em cinema pela USP, e tem uma longa estrada como roteirista em TV (Mundo da Lua, Castelo Rá-tim-bum, Disney Club, Um menino muito maluquinho, Alice) e cinema (Filhos do Carnaval, O ano em que meus pais sairam de férias, Quanto dura o Amor?), e diretora (Rock Paulista, A origem dos bebês segundo Kiki Cavalcanti, e os premiados longas Durval Discos, É proibido Fumar).
Anna desafia os padrões impostos na sociedade, com humor, inteligência e sensibilidade em sua arte que toca a tantas nós. Assim dedicamos, no mês de seu aniversário, esta pequena e proveitosa entrevista sobre sua relação de empoderamento com sua juba castanha e seus fios prateados.
1. Qual é a relação que você tem com seu
cabelo?
A relação com
os cabelos foi mudando ao longo da vida. No início eram lisos e quando ficaram
crespos na puberdade, passei a não
gostar deles. Curtos, cumpridos, louros. Principalmente curtos. Até que há uns dez anos ficaram
cacheados e passei a usá-los longos e gostar deles.
2. Quando os primeiros fios de cabelo
branco/prata apareceram, como você reagiu e se sentiu? Como as pessoas ao seu
redor reagiram, se sentiram e, se caso te aconselharam, quais foram estes
conselhos?
No começo
eu quis pintar. Usei hena uma vez e acabou o cabelo. Cortei e nunca mais fiz nada. Quando fiz 40 anos, fui a
Chicago e vi todas as mulheres lindas de cabelo branco, aí comecei a achar cafona pintar
o cabelo. As assistentes e
o meu cabelereiro, no começo, tentavam me
convencer a pintar, mas depois desistiram.
3. Com que freqüência você pintava seus
cabelos antes e de que cor(es)?
Pintei o
cabelo só quando era novinha de louro uma vez, de preto uma vez.
4. Quais foram os motivos que levaram a esta decisão de deixar
seus fios brancos/pratas em paz?
Acho que deixar os fios prateados era mais bonito e mais chique.
5. Como os seus amigos, familiares e
estranhos reagem e reagiram a esta decisão?
Ninguém comenta, o cabelo está bom, está tudo
certo.
6. Como você se descreveria em relação
aos seus cabelos prateados e a maturidade?
Meus
cabelos ainda nao são prateados. Sou morena com cabelos brancos. Acho que
aceito os cabelos brancos como aceito o corpo e tudo mais. Faz parte da
maturidade a aceitação da vida e suas fases.
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